4.12.07

Meses depois...

Olá, para quem leia esta mensagem. Estou por aqui, novamente, após uns mesinhos largos de ausência, para partilhar convosco uma novidade: redescobri, após 31 anos, a vontade de partir pernas e braços a alguém. Essa vontade, que vem mesmo do âmago, daquela zona que não nos sentimos confortáveis por ter, anda por cá. E perguntais vós: "mas isso de querer aleijar com força uma outra pessoa é bom?". Não. É mau. Mas é também inevitável, quando o saco se enche de sapos que temos de engolir... e então, se os sapões tiverem sido criados por outros que não nós mas estiver a nosso cargo a tarefa de engolidores... Bom, não interessa nada. Deixo mais uma foto do meu filho, a grande razão para viver. Os pais ou mães que por cá apareçam sabem do que estou a falar...

14.6.07

Promessas que não se cumprem

Ei, sabem uma coisa? Se há promessa que não cumpro é a de vir cá regularmente actualizar o blog que criei com tanto amor (numa noite em que as aulas não estavam mesmo a dar, e não tinha mais nada que fazer à vida...). Como é que uma pessoa se deixa enrolar tanto na enxurrada dos dias que se seguem uns aos outros? Às vezes sinto-me como se atrás de ondas viessem ondas, sem quaisquer acontecimentos que travem esta contínua vaga, o que me deixa sempre em desequilíbrio...e incapaz, bastas vezes, de cumprir com o obrigatório (quanto mais uma coisa tão acessória como ter um sítio para escrever desabafos)... Não me estou a queixar. As pessoas na praia lançam-se a correr areal abaixo para sentirem esse desequilíbrio, e eu, passe a metáfora, também corri (e correria outra vez). Só que sou um ser humano, e especificamente dos portugueses, que se queixam de tudo e inventam termos específicos para denominar de forma criativa sentimentos negativos (como saudade). Na verdade, digam-me lá se me tenho com que queixar, pela fotografia que tirei com o Pedro? :o)

13.3.07

7 Meses para Pensar

Olá. Um dia depois do meu último post neste blog, pensei que todos os dias aqui registaria os meus pensamentos. Mas, comoacontece com os bons hábitos, não o consegui manter face às vicissitudes (de entre as quais a mais relevante é a proibição de aceder a blogs imposta pelos informáticos do meu serviço actual). E dizem vocês: "Mas ainda há gente dessa, que bloqueia blogs e e-mails pessoais para "prevenir" o gasto de tempo de trabalho em actividades pessoais? Mas isso não é como tentar estancar uma barragem com palitos de fósforo?" E respondo eu: "Há." No entanto, faço um mea culpa embaraçado... em vez de um computador bom e um mau em casa, agora tenho dois bons...Por isso (e talvez também por ter poucas esperanças de alguém cá vir ler estas letrinhas tecladas numa noite de semana por um tipo desinteressante em pijama) assumo que não fui o mais assertivo possível a contornar os aspectos menos favorecedores de cá vir escrever. Para quem ler isto: desculpa. Daqui para a frente é que vou mesmo escrever neste espacinho, prometo!

30.9.06

Impressões do novo emprego

Bom dia. Após uma longa ausência (e, no "tempo informático", o cronómetro corre depressa, o que faz com que os vinte e tal dias em que não coloquei novo post se traduzam em anos e anos de separação entre a postagem anterior e a actual...), consegui reunir todas as condições para me manifestar acerca do novo emprego em que presentemente estou. Bom, como previsto, o salário é, efectivamente reduzido. Mais, é um valor abaixo das despesas que correntemente tenho de saldar, pelo que neste momento a linha de acção é "perder peso" nos gastos e "ganhar sustentabilidade" nos ganhos. A experiência propriamente dita? É maravilhosa. Não é que seja um trabalho fascinante (já no passado me envolvi em actividades profissionais mais estimulantes a olho nú), mas é "aquilo". Quero dizer, quase "aquilo".

2.8.06

Passagem

No momento em que teclo no computador, faltam exactamente 29 horas para terminar uma etapa profissional. Até onde posso ver na linha do horizonte mais próximo, vou sair de um sítio onde nunca devia ter entrado para entrar num outro sítio, de onde nunca mais devo sair (a não ser em sentido ascendente ou paralelo, mas sob a tutela do mesmo empregador). Estou um pouco nervoso. Tantas vezes passei por circunstâncias em que julguei ter encontrado o meu caminho (para momentos - dias, semanas ou meses depois - descobrir que o que parecia sólido afinal era etéreo), que hoje tenho dúvidas no lugar onde só deviam estar certezas. É o velho (e, como tal, testado e confirmado diversas vezes) aforismo: gato escaldado de água fria tem medo. Entreguei a minha carta de rescisão nesta 2ª-feira (hoje é 4ª-feira), após ter a confirmação (até onde é possível considerar algo confirmável, nesta vida que levo) de que "nos próximos dez dias" o que quero se vai concretizar (prazo que expira na próxima 4ª-feira). De caminho, aproveitei para recusar um outro convite profissional, até com algum interesse (não tanto pelo que presentemente proporcionaria em termos de aprendizagem ou compensação financeira). E se, no fim deste caminho por esta ponte entre um passado inconstante e indefinido, encontro-a incompleta e tenho de voltar para trás? Muito doloroso seria tal suceder, uma dor talvez até despoletadora de uma acção pessoal pela qual, face a tanto esforço, toda a perspectiva de vida que hoje assumo se alteraria para algo diferente.... Espero que não passe por esse dia, mas sim por outros.

26.7.06

Primeira impressão

Quanto vale uma primeira impressão? A questão, atirada para o início deste post, não tem nada de inocente. De facto, no que a um texto escrito diz respeito (como podemos generalizar, sempre atentos às eventuais excepções), as primeiras frases marcam o passo a que esse texto segue na leitura dos nossos olhos. Um início calmo, sem pontuações demarcadoras nem frases curtas, transmite a quem lê uma determinada atitude (intencional por parte de que escreve). Po outro lado, iniciar um post com uma questão é causar uma primeira impressão que, nestas palavras específicas, se debruça sobre... a primeira impressão. Bom, seguindo directamente para o tema: a primeira impressão que causo é, frequentemente, tão divergente da imagem que se forma nos outros após o contacto mais aprofundado com a minha pessoa, que tenho de concluir que se calhar há algo de errado comigo e com a forma como ajo. A frontalidade que teimo em praticar é traduzida por convencimento. A atitude de boa-disposição é interpretada como "mania" ou perturbação. As acções e movimentos são apreciados como formas inferiores de sugestão (pela minha parte) de "favores" especiais (por parte dos meus interlocutores)... Algo devo andar a fazer de errado, para involuntariamente induzir em várias pessoas uma má impressão. É favorável à minha psique que, após algum tempo de convivência, os colegas, amigos ou conhecidos com quem lido possuam já uma impressão tão distinta desta inicial que tenham a atenção de a partilhar comigo. Afinal, é possível depreender que o que penso que é a minha forma de estar não foge muito do que gostaria de dizer que é. No entanto, não descansarei enquanto não reduzir ao palpável e alterável estes obstáculos à primeira impressão positiva que tanto me esforço por transmitir. Não é que pretenda (porque não pretendo) causar uma impressão positiva em todas as pessoas com quem futuramente me cruzar, mas gostaria de o conseguir junto daquelas que, pelo seu conjunto, causem em mim uma primeira impressão positiva (as quais são, se não em outros âmbitos, pelo menos neste mais hábeis que eu).